

Pratique a inteligência competitiva no seu negócio
12/08/2019 - Desenvolvimento ProfissionalEm meio a diversas concorrentes, as empresas devem buscar uma imagem que se destaque e diferencie das demais. Nesse cenário, a Inteligência Competitiva (IC) surge como um método para tentar reduzir a incerteza e minimizar os riscos de escolhas para os clientes.
Porém, antes de entrar nesse tópico de aplicação, vamos ao básico para o empreendedor.
O que é Inteligência Competitiva?
Inteligência Competitiva é se antecipar às exigências do mercado. Isso é possível quando a empresa é gerida por meio de uma administração estratégica, ou seja, é saber utilizar as informações sobre o mercado (cliente, concorrente, fornecedores) de forma assertiva.
Também faz parte acompanhar as tendências do mercado, verificando se essas estratégias estão aproveitando as oportunidades e as forças do negócio, sem ignorar as ameaças e os pontos fracos, monitorando os objetivos. É estar atento ao cenário, alocando os recursos e integrando todas as frentes de ação do negócio, com foco nos melhores resultados.
Os empreendedores que puderem contar com um bom planejamento estratégico e uma boa visão de negócio para o futuro, conseguirão levar sua empresa aonde ela precisa e deve chegar para ter sucesso.
A Inteligência Competitiva pode ajudar a empresa a chegar a esse sucesso esperado, interpretando as estratégias elaboradas e seus resultados, verificando a necessidade de ajustes ao longo da trajetória.
O conceito de IC ainda é relativamente novo no Brasil, uma vez que chegou por aqui em meados de 1997, e concentrou suas aplicações em multinacionais. Contudo, números da Abraic (Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva) identificaram que outros tipos de empreendedores têm começado a fazer uso dessa técnica.
IC para o MEI
As ferramentas de Inteligência Competitiva também estão ao alcance das pequenas e médias empresas. Mais vulneráveis que as grandes, elas podem se beneficiar dos princípios da IC para descobrir novos negócios, por exemplo.
Uma alternativa viável para as pequenas é juntar-se em grupos ou associações de classe para formar sistemas de inteligência competitiva setoriais, com custos compartilhados e benefícios acessíveis a todos. Como uma cooperativa de serralheiros, por exemplo.
Até mesmo o microempreendedor individual pode usar a seu favor essas ferramentas e, o melhor, sem grandes investimentos ou custos adicionais. Basta, ser disciplinado com o planejamento e o fluxo de caixa da empresa.
Para praticar a Inteligência Competitiva em seu negócio, é preciso seguir algumas etapas. Confira.
Analisar o mercado
A primeira e uma das etapas mais importantes ao aplicar a Inteligência Competitiva é analisar e reunir informações do mercado. Toda essa base de dados pode e deve ser utilizada para realizar a identificação da concorrência e averiguar os seus possíveis diferenciais.
Mapear a sua concorrência
Depois de analisar o mercado é o momento de mapear de forma cuidadosa e minuciosa a sua concorrência. Com os dados obtidos, é possível identificar onde a concorrência está situada e descobrir qual a região ou segmento onde existem mais oportunidades e potencial de venda.
É por meio dessa análise da concorrência que é possível compreender tudo aquilo que define o mercado, ou seja, suas características e comportamentos e conseguir ter ideias interessantes a respeito da estratégia dos concorrentes.
Fazer um planejamento estratégico completo e detalhado
Parte de Inteligência Competitiva aplicada às vendas está conectada com a aplicação de informações e elaboração de abordagens e estratégias. Sendo assim, é preciso fazer um planejamento bem detalhado, definindo, descrevendo cada uma das etapas do processo de vendas, desde o contato com os fornecedores até o momento do pós-venda.
Usar a tecnologia a favor da empresa
Use a tecnologia a favor das suas vendas. Para facilitar a organização e dar mais praticidade às atividades, existem diversas ferramentas que podem ajudá-lo. Há softwares e aplicativos que podem ser usados tanto na etapa da pesquisa, quanto na execução das ações cotidianas. Eles otimizam custos, tempo e elevam o desempenho do negócio.
Assim, é possível entender que a IC se caracteriza como um processo de avaliação e aprendizagem definido pela competição. As pequenas empresas possuem situações de processos, trabalhos e rendimentos um tanto quanto diferentes das multinacionais e empresas de grande porte, com destaque para a estrutura administrativa centralizada (muitas vezes familiares), estratégias intuitivas e de curto prazo, pouca especialização, simplicidade e informalidade do sistema de informação e atuação em mercados locais.
Nas micro e pequenas empresas, os indicadores do dia a dia prevalecem sobre os de longo prazo. Logo, elas tendem ver os impactos na hora de tomar uma decisão. Portanto, a grande maioria das MPE não conseguem organizar e sistematizar informações sobre as influências das variáveis que afetam os segmentos nos quais estão inseridas.
É por isso que Inteligência Competitiva pode e deve ser aplicada para diagnosticar sua posição competitiva, identificar as necessidades de informação para oferecer suporte aos processos decisórios e orientar o planejamento estratégico, de forma a mantê‐las sempre atualizadas sobre as mudanças de mercado, posição competitiva, bem como qualquer alteração que afete suas oportunidades de sucesso.
Dica de Aço: use as redes sociais para formar a sua rede de contato e banco de dados para avaliar o desempenho de mercado e concorrentes.
Inteligência Competitiva e vendas devem caminhar em conjunto, se o desejo de crescimento e melhoria para o negócio for genuíno. É a racionalização criativa do processo que trará melhores resultados.
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão. Na próxima semana, temos um encontro marcado aqui no Profissional do Aço. Até lá.
link Fontes: Portal do Sebrae e Portal da ABRAIC (Associação Brasileira do Analistas de Inteligência Competitiva)